Mas há um longo caminho pela frente: de acordo com o levantamento Digital Trends 2016 da Econsultancy e da Adobe, apenas 9% dos profissionais concorda que a sua organização é mobile-first. Não apenas isso: somente 36% acha que é importante saber como os clientes pesquisam e compram produtos e, 35%, onde e quando usam os diferentes dispositivos. Se as pessoas parecem totalmente convertidas à mobilidade, as empresas e marcas, nem tanto.
Pensando nisso, a EMarketer e a Adobe realizaram no mês de junho o webinar How To Effectively Reach the Ever-More Mobile Buyer (Como Atingir de Forma Eficaz o Comprador Cada Vez Mais Móvel, em tradução literal), no qual abordaram temas importantes como mobile e social ads, apps e a jornada holística do consumidor. De acordo com dados da EMarketer, 4 a cada 10 anunciantes digitais B2B pretendem aumentar sua verba de marketing móvel.
Reunimos abaixo alguns dos principais takeaways da conversa e dos estudos relacionados para você aplicar em seu planejamento de mobility marketing.
Mobile é muito mais do que um único canal
Para millennials, mobile é essencial, como mostramos aqui. Mas as gerações anteriores não ficam muito atrás: enquanto 84% dos Millennials acreditam depender de seus dispositivos móveis para conduzir seus negócios, o percentual da Geração X (36-51) é de 76%, e dos Baby Boomers, 60%, de acordo com a pesquisa State of the Connected Consumer, conduzida pela Salesforce.Em geral, as empresas de B2B ainda não enxergam mobility marketing como o que ele realmente é: um componente crítico da experiência do usuário, que deve integrar uma estratégia cross-device. O público-alvo dessas marcas usa smartphones como uma extensão do desktop e espera que a jornada seja fluida.
Não dá para olhar mobile apenas como mais um canal, pois na verdade há uma diversidade de canais com pontos de contato móveis.
Vale a pena investir em um app próprio?
O investimento em um app próprio é alto e os resultados não são imediatos: de acordo com levantamento da EMarketer, um app perde em média 77% de seus usuários ativos diários nos primeiros três dias, e uma média de 5 a cada 10 apps são usados menos do que 10 vezes no total. O segredo para fugir dessas estatísticas, segundo o webinar, é atualizar constantemente o aplicativo – poucas empresas reservam investimento para isso – e acompanhar as estatísticas de uso e engajamento do app, para perceber melhoras necessárias.Construir audiência é difícil, mas vale a pena. Globalmente, a taxa de conversão de mobile apps é três vezes maior do que a de navegadores em smartphones. A audiência é ainda altamente qualificada e rentável, além de leal: os usuários gastam vinte vezes mais em apps do que na web em geral. Uma opção alternativa é investir em anúncios em apps de terceiro. Aplicativos georreferenciados, como o Waze, entregam conteúdo de relevância para a segmentação correta.
Mobile ads e geolocalização
Mobile ads têm um grande potencial por um motivo simples: quando alguém checa o smartphone, faz uma ação deliberada, que monopoliza toda a sua atenção. Anúncios nativos mostraram uma aceitação maior pelo público-alvo B2B, como já acontece com o público B2C, como escrevemos aqui no The Compass.A mobilidade ainda possibilita o monitoramento de uma série de dados: quais são os apps instalados, com qual frequência são usados e quais conteúdos estão sendo consumidos. E se esses dados secundários estão associados a informações georreferenciadas, melhor ainda, pois a experiência se torna ainda mais relevante e contextualizada.
Curiosamente, apenas 11% das empresas B2B disseram usar tecnologia de georreferenciamento, de acordo com levantamento da EMarketer. Ótima maneira de se diferenciar do concorrente, certo?
>> Precisa de um atalho?
- Mobility marketing é para todos. Não importa se você é B2C ou B2B, o seu cliente já está nas plataformas móveis.
- Há um desencontro entre o que querem os clientes e o que entregam as empresas B2B, e todas deveriam fazer a seguinte reflexão: como posso oferecer uma experiência holística cross-device ao meu público-alvo?
- Mobilidade é um aspecto pouco explorado, e pode ajudar a diferenciá-lo de seus concorrentes.